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Torturador da Somália é descoberto trabalhando como motorista de Uber nos EUA

Um ex-motorista do Uber que vivia na Virgínia, nos EUA, cometeu atos de tortura durante a guerra civil da Somália no final dos anos 1980, concluiu na terça-feira um júri americano.

O ex-coronel Yusuf Abdi Ali era um dos comandantes do Exército nacional e partidário do ditador Mohamed Siad Barre, conforme consta no processo.

Até este mês, ele dirigia para o Uber, com uma nota de avaliação alta: 4,89.

Na semana passada, o cidadão somali Farhan Tani Warfaa contou que foi baleado e torturado por Ali há mais de três décadas em depoimento ao tribunal federal na cidade de Alexandria, na Virgínia.

O júri considerou então que Ali foi responsável pela tortura de Warfaa, concedendo à vítima uma indenização de US$ 500 mil (cerca de R$ 2 milhões).

Warfaa, que abriu o primeiro processo contra Ali em 2004, disse à BBC que ficou “muito feliz” com o veredito.

“Estou muito, muito satisfeito com o resultado”, afirmou por meio de um tradutor do tribunal.

Checagem de antecedentes

Em maio, repórteres da CNN deram uma volta de Uber com Ali disfarçados de passageiros. Ele contou aos jornalistas que dirigia para o Uber e o app Lyft em tempo integral, preferindo turnos de fim de semana porque “era ali que estava o dinheiro”.

Perguntado se o processo de inscrição para ser motorista era difícil, Ali respondeu que era simples: “Eles só querem verificar seus antecedentes, é isso.”

Ele dirigiu para o Uber por cerca de 18 meses, depois de passar por uma checagem de antecedentes realizada por uma empresa especializada.

Ele agora foi “permanentemente removido” do aplicativo, segundo informou um porta-voz do Uber. Informações e foto da BBC.

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