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Marcelo Yuka – O que sobrou do céu

Por: Cesar Marques
Essa foi a última entrevista que #MarceloYuka deu para um jornalista baiano. Sim, o verbo é esse: dar.
Conversamos sobre muitas coisas. Falamos da vida, dos tiros, e da morte.
14 de março de 2018, de cara para o sol, de frente para Baía de Todos Os Santos.
Lembro das suas palavras em off: “A Bahia é linda. Depois disso, só existe paz!”
Um dia antes dessa entrevista, a vereadora Marielle Franco tinha sido assassinada no Rio de Janeiro.
Amiga de Yuka, o assassinato de Mariele impactou ele profundamente.
Mesmo não dizendo com todas palavras, a morte sempre assustou o músico. Isso ficou evidente, quando ele me contou o que sentiu, quando recebeu o primeiro dos nove tiros que deixou ele entre a vida e a morte.
Ficar preso na cadeira de rodas não limitou a arte. Não apresentou a poesia, e não deixou que Yuka desistisse de acreditar na liberdade.
Agora ele está livre.
Pode caminhar por onde quiser. Pode voar, dançar, voltar para casa.
Muito mais que um músico, Marcelo é sinônimo de “RESISTÊNCIA”.
O jornalismo tem dessas coisas; promover encontros improváveis e eternos.
Voa Yuka…o cansaço acabou, as dores passaram…
Obrigado por nos iluminar com tanta coragem!

@cezinhamarques

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