A vereadora do PV, Marcelle Moraes pode estar deixando o Partido Verde, depois da decisão da executiva de destituir a vereadora da posição de vice-líder do partido na Câmara Municipal de Salvador.
Marcelle afirmou estar surpresa e decepcionada, com que aconteceu na última sexta-feira, 04 de maio; Ela disse que essa foi uma decisão unilateral e autoritária.
“Eu fui apunhalada pelas costas”, afirmou Marcelle Moraes.
É só olhar os votos que fizeram dela a vereadora mais votada do Norte/Nordeste. Marcelle também foi à sexta mulher com maior número de votos de todo Brasil, e a mais jovem parlamentar a ocupar uma cadeira num legislativo municipal entre os vereadores eleitos nas capitais. Se deixar o partido, a jovem parlamentar corre o risco de ficar sem legenda para às próximas eleições.
Marcelle é pré-candidata à uma vaga no Congresso Nacional. Se deixar o partido, terá que ingressar na justiça pelo direito de se candidatar em 2018.
Segundo informações a vereadora pretende reunir documentos para provar junto ao Judiciário que foi alvo de perseguição partidária e poder ingressar numa nova legenda sem perder o mandato.
“Eu não estou saindo do PV, eu estou sendo expulsa do Partido Verde. Por eu ser mulher, por eu ser jovem, talvez eu cause medo nos outros politicos. Sabemos que não existe nenhuma ideologia, nem tradição ambiental entre aqueles que hoje estão ocupando cadeiras na legenda. Pelo poder, pelo dinheiro, por falta de ideologia e oportunismo eleitoral, eles armaram para me tirar. Soube por outros colegas vereadores que me ligaram para me dizer: Estão armando para você ”, finalizou.
Segundo informações, o Partido Verde não gostaria que saíssem quarto vereadores nas próximas eleições, porque assim, nem um outro partido teria o interesse de coligar.
“Gosto da ideologia do partido, tenho total afinidade com o que o partido prega, mas eu não posso estar em um partido que não me quer, e que me coloca em uma situação dessas. Talvez por eu ter um posicionamento firme, acreditar naquilo que falo. Ter uma ideologia, eu cause medo dentro de um partido, que já provou várias vezes que foge dos seus princípios. Aqueles que estão lá, estão só por oportunismo. Estão pulando de galho em galho, e vão continuar assim, porque não tem ideologia, “afirmou Marcele.
Alguns questionamentos começam à surgir, depois que à decisão de deixar o partido se torna cada vez mais evidente por parte da vereadora.
Será que ter deixado Marcelle Moraes de fora da vice-liderança do partido na Câmara, não seria uma estratégia para que a vereadora mais votada das últimas eleições, se sinta forçada à deixar à legenda? Ou então, uma manobra nada republicana, por parte dos seus colegas vereadores, que percebem o crescimento da jovem parlamentar em suas bases, o que seria um risco para às próximas eleições, depois do termino das coligações partidárias. Não se sentiu ameaçado ? Ou apenas questões econômicas? São muitos os questionamentos, mas á certeza é uma só:
Marcellle Moraes teve 16 mil votos em sua primeira eleição, é jovem, mulher, tem posicionamento firme, defende suas causas e possui ideologia politica. E isso assusta!
Perguntamos para a vereadora, qual o seu posicionamento sobre às manifestações que acontecem contra à construção do BRT e o desmatamento de quase 600 árvores.
“Eu Sou da base do prefeito ACM Neto (DEM), acho que ele é um excelente gestor. Mas se existir desmatamento, tem que acontecer o reflorestamento. Eu sou contra o desmatamento. Não defendo o desmatamento seja ele para que objetivo for. Honestamente eu sou contra qualquer tipo de desmatamento. É um absurdo isso, a cidade já tem tão pouco verde,. para desmatar o pouco de verde que nós temos? Gosto da gestão do prefeito, ninguém é perfeito, mas não posso deixar de defender o que acredito”, afirmou a vereadora.
