Por: Gabriel Macedo
Dodô e Osmar saíram do show de Benedito Chaves, certos de que estavam prestes a solucionar o problema de volume que tinham. Osmar conseguiu um captador. Junto com Dodô abriram para ver como funcionava por dentro. Nenhum dos dois conheciam essa tecnologia até então muito nova. Descobriram como funcionava e fabricaram um para o bandolim de Osmar e outro para o violão de Dodô.
Aí então surge a banda – A DUPLA ELÉTRICA – No início dos anos 40. Uma vez que a eletricidade era a grande novidade da época. Estava chegando pela primeira vez ao Brasil a geladeira elétrica, enceradeira elétrica, ferro elétrico etc… Tudo que era elétrico era da moda. A banda começou a tocar com seus instrumentos ( Um violao e um bandolim acústicos, cada um com o seu captador e ambos ligados a um amplificador). Pois o que parecia estar solucionado mostrou um novo desafio para a dupla.
Começou a acontecer o que acontecia com Benedito Chaves, a tal da microfonia. Ou seja, toda vez que as pessoas das festas que eles tocavam se animavam, eles aumentavam o volume dos seus instrumentos e começava a dar aquele apito agudo e chato chamado de microfonia. Trocaram um problema por outro. Eles mudavam de posição mas n adiantava, o apito sempre vinha atrapalhar.
Os dois perceberam que quando abraçavam o instrumento, a microfonia diminuía. Tiveram a ideia de encher a caixa acústica dos seus instrumentos com pano e perceberam que isso tb diminuía a microfonia. Mas ela não ia embora. Eles então pensaram: Se quando abraçamos ou colocamos tecidos dentro da caixa acústica a microfonia diminuía. E se o instrumento n tivesse essa caixa acústica?
E se ele fosse todo maciço? Resolveram fazer a experiência. Foram para uma bancada de Oficina toda de jacarandá e colocaram uma corda presa de um lado ao outro. Adicionaram um captador igual ao que usavam nos seus instrumentos. Aumentaram todo o volume e…. EUREKA, não dava microfonia. Foi aí que eles pensaram que seus instrumentos não deveriam ser acústicos, eles deveriam ser todos maciços.(Continua)
