Mário César Suarez é um dos presos da operação “Sem Fundos”
A 56ª fase da Lava Jato apura a contrução da sede da Petrobras na Bahia, batizada de Torre Pituba. O empreendimento foi construído durante a gestão de José Sergio Gabrielli. A obra foi realizada pela empresa SPE Edificações Itaigara, sociedade formada pelas construtoras OAS e Odebrecht Realizações Imobiliárias.
O esquema durou de 2009 a 2016. São 22 mandados de prisão expedidos pela Justiça. A Polícia Federal prendeu provisoriamente, na manhã desta sexta-feira (23), Marice Correa, a cunhada do ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto. Ela foi detida em São Paulo e é uma das seis pessoas presas.
Mario Cesar Suarez, da OAS, foi preso preventivamente na capital baiana. Já Wagner Pinheiro Oliveira, ex-presidente da Petros e Correios, foi alvo de busca e apreensão no Rio de Janeiro.
Segundo a PF, são 68 mandados de busca e apreensão, 14 de prisão temporária e oito de prisão preventiva. As ordens judiciais são cumpridas nos seguintes estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.
Corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta de fundo de pensão, lavagem de dinheiro e organização criminosa estão entre os crimes investigados nesta nova etapa da operação.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, a operação foi batizada de “Sem Fundos”. O nome faz referência ao uso do fundo Petros, de Seguridade Social, que investiu na execução da obra para alugar o prédio à empresa estatal por 30 anos.
Investigações do Ministério Público Federal (MPF) apontam que 1% do valor da obra da Torre Pituba, sede da Petrobras em Salvador que é alvo da Operação Lava Jato na manhã de hoje (22), teria financiado campanhas do PT.
Com o nome de Operação Sem Fundos, a 56ª fase da Lava Jato cumpre 68 mandados de busca e apreensão, 14 de prisão temporária e 8 de preventiva.
Segundo o MPF, o dinheiro desviado da obra, oriundo de contratos superfaturados pelas construtoras OAS e Odebrecht, foi repassado ao PT por meio de doações ao Diretório Nacional da legenda ou através de um emissário do ex-tesoureiro João Vaccari Neto, que recebia as quantias em espécie.
Além de cumprir mandados na Bahia, a 56ª fase da Operação Lava Jato realiza ações nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A operação foi autorizada pela juíza federal Gabriela Hardt, substituta na 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba.