China rebate ameaças de Trump e defende Brics como plataforma de cooperação inclusiva
Durante a 17ª cúpula do Brics, em meio às ameaças de tarifas dos EUA, a China afirma que guerras comerciais não têm vencedores e reforça que o bloco não é contra nenhum país.

Durante a 17ª cúpula do Brics, que se encerra nesta segunda-feira (7) no Rio de Janeiro, a China se posicionou firmemente contra as recentes ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que indicou a possibilidade de impor tarifas adicionais a países aliados ao grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Em entrevista coletiva realizada em Pequim, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, criticou o protecionismo e as guerras comerciais promovidas por Washington. “No que diz respeito à imposição de tarifas, a China declarou repetidamente sua posição de que não há vencedores em guerras comerciais e tarifárias, e o protecionismo não leva a lugar nenhum”, afirmou.
Mao também destacou que o Brics é um mecanismo de cooperação entre mercados emergentes e países em desenvolvimento, sem a intenção de antagonizar outras nações. “O mecanismo Brics é uma plataforma importante para a cooperação entre mercados emergentes e países em desenvolvimento. Defende abertura, inclusão e cooperação ganha-ganha e não tem nenhum país como alvo”, reforçou a representante chinesa.
O primeiro-ministro da China, Li Qiang, lidera a delegação do país na cúpula no Brasil, que marca uma nova fase de expansão e influência do bloco em meio às crescentes tensões geopolíticas e comerciais.
O pronunciamento chinês ocorre num momento em que os Estados Unidos reforçam sua postura unilateralista, enquanto os países do Brics buscam alternativas para fortalecer sua autonomia econômica e política global.ministerio