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Violência em Port-au-Prince se agrava e força deslocamento em massa no Haiti

Com avanço do crime organizado na capital haitiana, milhares de pessoas fogem de suas casas; crise humanitária se intensifica e desafia resposta internacional

A capital do Haiti, Port-au-Prince, vive uma escalada dramática da violência nos últimos dias, impulsionada pelo fortalecimento de facções criminosas armadas que disputam o controle de bairros inteiros. O aumento dos confrontos, sequestros e ataques tem provocado o deslocamento forçado de milhares de moradores, gerando uma das piores crises humanitárias recentes no país.

Segundo a ONU, mais de 100 mil pessoas já deixaram suas casas desde o início de 2025, buscando refúgio em áreas menos afetadas ou em acampamentos improvisados. Escolas, igrejas e prédios públicos estão sendo usados como abrigos temporários. A população vive sob constante medo, com relatos de violações de direitos humanos, escassez de alimentos e falta de acesso a cuidados médicos.

Especialistas alertam que a ausência de um governo funcional e a lenta resposta internacional favorecem a expansão do crime organizado. O vácuo de poder criado após a renúncia de autoridades-chave e o colapso de instituições tem sido aproveitado por gangues, que impõem toque de recolher, cobram “pedágios” e atuam como forças paralelas em diversas regiões da capital.

Organizações humanitárias clamam por uma intervenção urgente da comunidade internacional para garantir segurança, assistência e reconstrução institucional. Enquanto isso, a população haitiana enfrenta o desafio diário de sobreviver em meio ao caos.

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