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Surto de síndromes respiratórias lota hospitais privados em Salvador

Cresce o número de atendimentos por problemas respiratórios na rede particular da capital baiana; especialistas alertam para agravamento com a chegada do inverno

Os hospitais privados de Salvador estão enfrentando um aumento significativo no número de pacientes com síndromes respiratórias nas últimas semanas. O fluxo intenso nas emergências tem gerado longas esperas por atendimento e uma preocupação crescente entre médicos e gestores da saúde.

De acordo com relatos de profissionais da rede particular, os principais sintomas apresentados pelos pacientes incluem tosse persistente, febre, dificuldade para respirar e dores no corpo — sinais que podem estar relacionados a gripes, resfriados, bronquites e até casos de COVID-19 ou influenza.

A situação preocupa ainda mais com a aproximação do inverno, estação que tradicionalmente intensifica a circulação de vírus respiratórios. “Essa época do ano já costuma ser desafiadora para o sistema de saúde. O que estamos vendo agora é um aumento acima do esperado, mesmo antes da queda significativa nas temperaturas”, afirma a pneumologista Carla Menezes.

Além dos atendimentos em pronto-socorro, as internações por complicações respiratórias também cresceram. Alguns hospitais chegaram a ampliar leitos específicos para esse tipo de demanda, redirecionando recursos de outras áreas.

Especialistas recomendam que a população mantenha a vacinação em dia — especialmente contra gripe e COVID-19 — e redobre os cuidados com a higiene, como lavar as mãos com frequência e evitar locais fechados e com aglomeração. O uso de máscaras, embora não mais obrigatório, também pode ser uma medida preventiva útil nesse cenário de alta circulação viral.

A Secretaria Municipal da Saúde informou que acompanha a situação, embora o surto esteja mais concentrado na rede privada. Uma campanha de conscientização deve ser lançada nos próximos dias para reforçar os cuidados e incentivar a busca precoce por atendimento médico.

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