Israel bombardeia aeroporto militar no Irã em nova escalada de tensão regional
Explosões atingem instalações em Tabriz; voos são suspensos e vizinhos fecham espaço aéreo por risco de novos ataques

Em mais um episódio da crescente tensão no Oriente Médio, Israel realizou na madrugada desta sexta-feira (13) novos bombardeios contra o Irã, tendo como alvo um aeroporto militar na cidade de Tabriz, no noroeste do país. A operação, ainda não confirmada oficialmente por Tel Aviv, causou fortes explosões nas proximidades da base aérea e interrompeu temporariamente voos comerciais em diversas regiões.
Segundo a agência estatal iraniana IRNA, os ataques danificaram partes da estrutura do aeroporto e provocaram incêndios que foram controlados horas depois. O governo iraniano informou que seus sistemas de defesa aérea conseguiram interceptar parte dos projéteis, reduzindo os danos. Ainda não há informações sobre mortos ou feridos.
A ofensiva israelense teria como objetivo neutralizar possíveis avanços do programa nuclear iraniano e conter o que fontes militares classificam como uma “ameaça estratégica iminente”. Autoridades iranianas acusam Israel de violar a soberania do país e prometem uma resposta “à altura”.
Voos cancelados e espaço aéreo fechado
Os impactos da ação se espalharam além das fronteiras iranianas. O aeroporto Imam Khomeini, em Teerã, também suspendeu temporariamente suas atividades, e companhias aéreas internacionais redirecionaram rotas para evitar o espaço aéreo iraniano. Iraque, Jordânia e até o próprio Israel anunciaram o fechamento temporário de parte de seus corredores aéreos por razões de segurança.
Clima de guerra fria se intensifica
Esta é a segunda ofensiva de grande porte lançada por Israel contra alvos iranianos em menos de três meses. Em abril, bombardeios atingiram instalações perto de Isfahan. Analistas veem o movimento como parte de uma estratégia mais ampla para conter a influência militar e nuclear do Irã na região.
A China, que mantém relações diplomáticas com Teerã, emitiu um alerta aos seus cidadãos no país e pediu “moderação imediata”. Já os Estados Unidos não se pronunciaram até o momento, embora fontes diplomáticas em Washington tenham demonstrado preocupação com o risco de uma guerra em larga escala.