Presidente da Câmara, Hugo Motta, nega perseguições políticas no Brasil nos últimos 40 anos
Em declarações controversas, Hugo Motta afirma que não houve censura, perseguição ou exílio político no país nas últimas quatro décadas.
Em um pronunciamento esclarecedor, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou a existência de perseguições políticas, censura ou exílio de opositores nos últimos 40 anos no Brasil. Em entrevista, Motta afirmou que o país não vivenciou períodos de repressão ou violações graves à liberdade de expressão, como ocorreu em outros momentos da história.
“Não tivemos jornais censurados, nem vozes caladas à força, não tivemos perseguições políticas, nem presos, nem exilados políticos”, declarou o presidente da Câmara. Suas palavras geraram críticas de setores da oposição e de organizações de direitos humanos, que lembraram dos períodos de censura e repressão vivenciados pelo Brasil durante a Ditadura Militar (1964-1985), quando opositores do regime foram perseguidos, presos, exilados e até mortos.
A declaração de Motta também gerou debate entre especialistas e parlamentares, com muitos destacando os episódios de censura à imprensa e a repressão a manifestações políticas durante os anos de governo militar, além do uso do aparato estatal para silenciar opositores e movimentos sociais. O período de redemocratização, iniciado em 1985, foi marcado por avanços na garantia dos direitos civis, mas as cicatrizes do regime ainda são alvo de discussões políticas no país.
Por outro lado, Motta defendeu a evolução democrática do Brasil desde a Constituição de 1988, destacando que o país atualmente goza de liberdade de expressão e do direito de oposição, ao mesmo tempo em que criticou aqueles que, segundo ele, tentam distorcer a realidade histórica do país.
A reação à declaração de Motta deve continuar a alimentar o debate político sobre a história recente do Brasil, especialmente no que diz respeito à memória da Ditadura Militar e as conquistas democráticas posteriores.
