Estadão critica corte de verbas e aponta “sucateamento” de agências reguladoras
Com tom de alerta, jornal paulistano volta a mirar política econômica do governo federal e destaca que redução de 41% no orçamento afeta registros de medicamentos, fiscalizações e exportações
O jornal O Estado de S. Paulo voltou a lançar críticas veladas à condução econômica do governo federal, desta vez apontando o corte de verbas destinado às agências reguladoras como mais um sintoma do que classifica como “improviso orçamentário”. Segundo reportagem publicada neste fim de semana, houve uma redução de 41% na dotação geral das agências, o que estaria comprometendo diretamente atividades essenciais como o registro de medicamentos pela Anvisa, fiscalizações de rotina e até operações voltadas para a exportação de produtos brasileiros.
Embora a queda nos repasses seja uma realidade orçamentária imposta pelo novo arcabouço fiscal, a leitura feita pelo Estadão reforça o tom pessimista habitual do veículo paulista em relação às políticas do governo Lula. Sem apontar alternativas concretas ou contextualizar o impacto da política de ajuste em outras áreas do Estado, o jornal opta por destacar o “sucateamento” e o “risco sanitário” como consequências diretas da contenção de gastos.
A narrativa se insere na linha editorial recorrente do Estadão, que frequentemente associa as políticas econômicas do atual governo a um cenário de desorganização e ineficiência — sem, no entanto, aplicar o mesmo rigor crítico às gestões anteriores que promoveram desmonte e desfinanciamento sistemático de estruturas de Estado.
