Politica

PF e CGU deflagram nova fase da Operação Overclean e miram aliados do deputado Elmar Nascimento

Ação investiga fraudes com emendas parlamentares em Campo Formoso (BA) e resulta em bloqueio de R$ 85,7 milhões; entre os alvos estão familiares e ex-assessores do parlamentar baiano

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, nesta quinta-feira (17), a quinta etapa da Operação Overclean, que apura desvios milionários de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares. A investigação concentra-se em supostas fraudes em licitações, corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de verbas públicas no município de Campo Formoso, no interior da Bahia.

A operação cumpriu 18 mandados de busca e apreensão e afastou cautelarmente um servidor público em cidades da Bahia, Pernambuco e no Distrito Federal. As ações foram autorizadas pelo ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou o bloqueio de R$ 85,7 milhões em bens de investigados, com o objetivo de frear movimentações financeiras irregulares e assegurar o ressarcimento ao erário.

Entre os principais alvos da operação estão aliados próximos do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), incluindo seu irmão e prefeito de Campo Formoso, Elmo Nascimento; o primo e vereador Francisco Manoel Nascimento Neto; além do ex-assessor parlamentar Amaury Albuquerque Nascimento. Também figuram entre os investigados Marcelo Andrade Moreira, ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), e José Moreira Pinto Netto.

As apurações indicam que o grupo utilizava emendas parlamentares para viabilizar obras superfaturadas e contratos fraudulentos, envolvendo empresários e servidores públicos locais. Os investigados também são suspeitos de tentar obstruir as investigações.

A Operação Overclean já revelou esquemas complexos de desvio de verbas públicas por meio de um sistema que conecta política, gestão pública e interesses privados, demonstrando mais uma vez o uso indevido das emendas parlamentares como ferramenta de corrupção.

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