Como Sidônio Palmeira virou o jogo contra a extrema direita com comunicação estratégica e inteligência artificial

Em meio a um cenário político marcado pela desinformação, ataques digitais e um ambiente comunicacional hostil, Sidônio Palmeira, responsável pela comunicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem conseguido o que parecia impossível até pouco tempo atrás: virar o jogo contra a extrema direita nas redes sociais — e com o apoio decisivo da inteligência artificial.

Desde que assumiu o comando da comunicação do governo federal, Sidônio implantou uma nova lógica de atuação, voltada para a ocupação inteligente do espaço digital. Mais do que “falar para convertidos”, o foco passou a ser a viralização de conteúdos fora da bolha da esquerda. Isso só foi possível com uma reestruturação completa da estratégia, apoiada em dados, linguagem acessível e, principalmente, no uso de tecnologia.

A virada com inteligência artificial

Um dos pilares dessa virada foi o uso estratégico da inteligência artificial na análise de tendências, formatação de conteúdo e distribuição segmentada. Ferramentas de IA passaram a mapear em tempo real o humor das redes, monitorar fake news e orientar a criação de peças que combinam estética jovem, linguagem direta e precisão informativa. O resultado: vídeos, cards e posts que viralizam em plataformas como TikTok, Instagram e WhatsApp — justamente os terrenos que haviam sido monopolizados pela extrema direita nos últimos anos.

Além da agilidade, a IA também permitiu que o governo falasse com públicos diversos de forma personalizada. Campanhas sobre educação, saúde, economia e até obras de infraestrutura começaram a circular com formatos adaptados para diferentes nichos, com um tom mais leve e menos institucional. O novo estilo aproximou o governo das pessoas comuns, muitas das quais haviam sido afastadas pela avalanche de desinformação nos últimos anos.

A extrema direita dá munição

Paradoxalmente, a extrema direita tem contribuído involuntariamente para essa virada. Ao seguir apostando em ataques violentos, teorias da conspiração e pautas cada vez mais desconectadas da realidade cotidiana do brasileiro médio, bolsonaristas têm criado o ambiente ideal para que a verdade seja uma arma poderosa.

A tentativa de desestabilizar o governo com discursos alarmistas, como os falsos alertas sobre censura ou “comunismo”, tem perdido força diante de uma população mais preocupada com emprego, comida na mesa e serviços públicos funcionando. O contraste entre os avanços reais do governo e o discurso apocalíptico da extrema direita tem se tornado insustentável — e isso tem sido explorado com precisão cirúrgica pela equipe de Sidônio.

O clã Bolsonaro desnorteado

Diante dessa nova ofensiva comunicacional, o clã Bolsonaro tem demonstrado claros sinais de desorientação. Os perfis outrora dominantes nas redes agora enfrentam queda de engajamento, denúncias de desinformação e um público mais cético. Influenciadores bolsonaristas tentam reagir, mas muitos se perdem entre contradições, investigações criminais e a perda de influência entre moderados.

Enquanto isso, o governo Lula aproveita o momento para consolidar sua presença digital e, pela primeira vez em muito tempo, disputa a narrativa em pé de igualdade — ou até com vantagem — no campo da comunicação de massas. Sidônio Palmeira, com seu estilo discreto e estratégico, demonstrou que é possível vencer a guerra da informação sem recorrer às armas sujas da mentira e do ódio.

O jogo virou

A vitória ainda não é definitiva, mas o jogo virou. E virou com inteligência, estratégia, tecnologia e, principalmente, verdade. Em tempos em que a mentira parecia triunfar, a comunicação da presidência da República mostrou que é possível virar a maré — e que a extrema direita pode ter encontrado, finalmente, um adversário à altura no campo que sempre dominou.