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Brasil reafirma posição contrária à ocupação de Israel em territórios palestinos na Corte de Haia

O governo brasileiro fez um pronunciamento enfático nesta terça-feira (20) durante uma audiência na Corte de Haia, a máxima instância de justiça da ONU, reiterando sua posição contrária à ocupação de Israel em territórios palestinos. A representante do Brasil no tribunal, Maria Clara Paula de Tusco, afirmou que a ocupação israelense, que persiste desde 1967, viola o direito internacional e diversas resoluções da Assembleia-Geral da ONU e do Conselho de Segurança.

Tal declaração ocorre em meio a uma crise diplomática entre Brasília e Tel Aviv, desencadeada após o presidente Lula (PT) comparar a ofensiva na Faixa de Gaza ao Holocausto nazista. Maria Clara Paula de Tusco defendeu que a Corte de Haia declare a ocupação israelense como ilegal.

“A ocupação persiste até hoje e foi agravada pela construção de um muro, de colonatos ilegais e pela anexação de Jerusalém Oriental”, destacou Tusco, ressaltando as violações das leis internacionais e o desrespeito ao direito à autodeterminação do povo palestino.

As audiências em Haia, convocadas após um pedido da Assembleia-Geral da ONU, buscam analisar as consequências legais da ocupação israelense dos territórios palestinos desde 1967. Além da Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental estão inclusas no escopo das análises.

Representantes de mais de 50 países, incluindo potências globais como Estados Unidos e Rússia, também devem discursar durante as audiências. A delegação brasileira destaca a necessidade de uma solução de dois Estados para proporcionar paz e segurança, reiterando o posicionamento histórico da diplomacia brasileira.

Vale ressaltar que Israel não está participando das audiências, mas enviou uma declaração por escrito, argumentando que um parecer consultivo seria prejudicial para um acordo negociado com os palestinos.

A crise diplomática se intensificou após as declarações do presidente Lula, que acusou as ações militares de Israel na Faixa de Gaza de configurarem um genocídio e fez paralelos com o Holocausto nazista. Em resposta, o governo israelense declarou Lula “persona non grata” e cobrou um pedido de desculpas, aprofundando as tensões entre os dois países.

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