Membros do Palácio do Planalto começam a agir na tentativa de evitar que comissões, tais quais a CPMI das Fake News e a CPI da Covid, funcionem em 2022 – ano de eleição presidencial – com a justificativa de que elas representam um desgaste para o presidente.
Os assessores do presidente Bolsonaro têm ido atrás de senadores e deputados com o objetivo de convencê-los a não apoiar o funcionamento das comissões. Segundo o G1, o governo está oferecendo apoio nas eleições, o que resultaria na liberação rápida de recursos de emendas parlamentares, com a intenção de garantir que os parlamentares não apoiem a volta da CPMI das Fake News ou a criação de uma nova CPI da Covid.
O senador Angelo Coronel (PSD-BA), presidente da CPMI das Fake News, afirmou que a comissão voltará a funcionar este ano, porém um pouco mais tardiamente devido à nova onda do coronavírus.
“A CPMI vai voltar a funcionar, foi o que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, nos garantiu. Mas não deve ser possível agora em fevereiro por causa da rápida disseminação da ômicron”, disse.
Quanto à nova CPI da Covid, os senadores do Observatório da Pandemia já estão recolhendo assinaturas para a criação da nova comissão. Até o momento, eles conseguiram 14 das 27 necessárias.
“O governo está procurando senadores para convencê-los a não assinar o requerimento e estão oferecendo vantagens no ano eleitoral”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos autores do novo requerimento.
Foto: Adriano Machado/Reuters