A indicação do ex-prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, para assumir a embaixada do Brasil na África do Sul foi retirada por Bolsonaro. A desistência acontece seis meses após a indicação.
Para assumir o cargo, Crivella dependia da aprovação das autoridades da África do Sul, o que não aconteceu. Em função disso, o Brasil retirou a indicação do ex-prefeito, segundo foi noticiado pelos jornais.
Crivella é acusado de ter comandado um suposto esquema de corrupção envolvendo propina durante a sua gestão na capital carioca. O Ministério Público estadual apontou que o “QG da propina” arrecadou mais de R$ 53 milhões em depósitos para mais de 20 empresas de fachada, em nome de laranjas, criadas pelo grupo de Crivella. O ex-prefeito é réu por corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Também é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus. A indicação ao posto de embaixador seria um agrado de Bolsonaro à Universal. O grupo religioso tem enfrentado problemas em países africanos, como em Angola.