A 11 meses do pleito, as movimentações políticas deste novembro farão história na disputa presidencial de 2022 e não apenas pelo início da pré-campanha de Sérgio Moro. A filiação do ex-juiz ao Podemos não é uma surpresa, mas provoca um rearranjo que aprofunda a fragmentação da ‘terceira via’, o caminho do meio entre o presidente Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.
Nos dias 21 e 22, os tucanos vão às prévias para escolher seu representante, e Bolsonaro pode se filiar a um novo partido. Estes e outros fatos marcam uma ‘novembrada’, explica o sociólogo. O cientista político avalia que Moro perdeu oportunidades ao deixar o País quando saiu do governo Bolsonaro.
‘Segundo a Bíblia – por acaso no Livro dos Juízes – Deus dá até duas oportunidades aos escolhidos. Moro seria imbatível em 2018, no apogeu da Lava Jato. Não foi candidato. E teve uma segunda chance após sair do ministério. Em abril de 2020, com 18%, estava dois pontos atrás de Bolsonaro. Mas saiu do País e tenta hoje uma terceira oportunidade de protagonizar. Inicia agora bem abaixo (8%)’.