Policiais Militares amotinados realizam protesto na Av. Paralela em Salvador, causando transtorno para aqueles que circulam pela via. O código militar no seu art.149 é claro quanto a essa situação. Militar não faz greve, militar faz motim.
Vários representantes das categorias dos policiais militares discursavam em um carro de som e tentavam justificar para a população o ato terrorista do soldado da PM Wesley Góes, de 38 anos, que portando um fuzil e uma pistola causou terror em um dos pontos turisticos mais conhecidos do Brasil, o Farol da Barra, no fim da tarde do último domingo. Após tentativa de negociação por mais de 3 horas, o policial “em surto” atirou contra os colegas de farde e foi contido com força proporcional, o que causou a sua morte depois de socorrido ao Hospital Geral da Bahia.
O deputado Prisco (PSDB), que a todo custo tenta politizar o episódio era um dos mais exaltados em seu discurso. No domingo, após o ocorrido, ele chegou a responsabilizar o governador do estado da Bahia, chamando-o de assassino, em uma tentativa clara de politização de um fato isolado.
Segundo os que participava do ato na AV. Luiz Viana Filho (Paralela), a intenção do movimento que eles chamam de grevista, proteger a memória do soldado Wesley, descrevendo o seu ato transloucado, como um ato heróico, patriota e em defesa da sociedade.
“Não existe heroismo no terror”, escreveu o jornalista César Marques no último domingo depois de tentativas de criar uma comoção em torno do acontecimento e estimular os militares a entrar em estado de greve.
É sempre bom lembrar o que disse o comandante da Policia Militar da Bahia, Coronel Paulo Coutinho, essa é uma ação isolada, que não encontra abrigo na tropa, que nesse momento está empenhada em ajudar no combate ao Covid-19 no estado da Bahia.
Até o final dessa nota, o trânsito continuava parado na via.
foto: Tatyana Lordello