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COPA AMÉRICA – Estádios vazios e dinheiro em caixa

Um público de 11 mil no Campeonato Brasileiro seria considerado decepcionante. O que dizer, então, quando isto acontece numa Copa América? Apenas 11.107 torcedores pagaram para assistir a Peru 0 x 0 Venezuela neste domingo, na Arena do Grêmio. Em três jogos, o torneio aponta uma tendência de palcos frios, ainda que bastante lucrativos.

A abertura entre Brasil e Bolívia, ocorrida na última sexta-feira, somou R$ 22.476.630 de renda, o maior valor já divulgado para uma partida em solo nacional. Nas arquibancadas do Morumbi, porém, cerca de 47 mil pessoas estiveram presentes, um público inferior ao esperado para a festa inicial do torneio.

E apesar de não ser um comparecimento absolutamente baixo, a pouco participativa torcida no Morumbi recebeu críticas até dos jogadores do Brasil, que citaram o alto preço dos ingressos como um dos motivos para o clima frio. “As pessoas vêm e pagam caro, querem ver show, querem ver gols, e quando isso não acontece é natural que aconteça um pouco de vaia”, disse o zagueiro Thiago Silva.

Realmente não foi barato comparecer ao Morumbi. O valor médio da entrada para Brasil 3 x 0 Bolívia foi de R$ 485, e o preço salgado não foi exclusividade da abertura da Copa América. Os 11 mil presentes que testemunharam Peru x Bolívia encararam uma cifra média de R$ 216,15.

O cenário se repetiu no triunfo por 2 a 0 da Colômbia sobre a Argentina em Salvador. Com um valor médio de R$ 264,94 por ingresso, a Fonte Nova recebeu 34.950 pagantes, mesmo com a participação de estrelas como Lionel Messi, James Rodriguez e Sergio Aguero.

 

COPA AMÉRICA 2019

Pagantes Renda Ingresso médio
BRA x BOL 46.342 R$ 22.476.630,00 R$ 485,01
PER x VEN 11.107 R$ 2.400.800,00 R$ 216,15
ARG x COL 34.950 R$ 9.259.710,00 R$ 264,94

“Cultura”

Enquanto isso, a Conmebol encontrou uma causa para os estádios com públicos abaixo do possível. Para o presidente Alejandro Dominguez, isto faz parte da cultura sul-americana de deixar as coisas para a última hora.

“São 26 jogos. Há jogos completamente vendidos e geraram recorde histórico de receitas no Brasil. Lamentavelmente, há partidas com menos público. E acreditamos que a medida em que o dia dos jogos vai se aproximando, as vendas irão melhorando. Conhecemos a cultura da América do Sul, que gosta de comprar as coisas no último momento. Somos conscientes da situação”, afirmou o dirigente. Informações do Goal. Foto: Getty Images

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