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Luiz Eduardo Magalhães, 20 anos de morto por Vinícius Jacob

Bahia rememora nesse 21 de abril, os 20 anos do falecimento do deputado Luiz Eduardo Magalhaes, morto prematuramente após um enfarto fulminante aos 43 anos de idade. Luiz Eduardo começou sua vida pública e política ao ser convocado por seu pai, então governador biônico da Bahia, Antônio Carlos Magalhaes (1970-1974), para assumir como seu oficial de gabinete aos 18 anos de idade, isso em 1973. Aos 23 anos foi eleito o filho do governador, como era conhecido foi eleito o deputado estadual mais bem votado do estado pelo partido da Aliança Renovadora Nacional (a Arena), agremiação partidária que dava sustentação à ditadura militar de 1964.

Em 1982, quando seu pai encerrava pela segunda vez como governador biônico da Bahia, Luiz Eduardo foi eleito presidente da Assembleia Legislativa do Estado, função essa que o gabaritou para ser interlocutor no parlamento baiano, conciliando os interesses políticos do governo baiano, nessa época comandado pelo governador Dr. João Durval Carneiro (1983-1987) do Partido Social Democrático, como também da oposição liderada pelo PMDB de Chico Pinto, Romulo Almeida e Roberto Santos, bem como o insipiente Partido dos Trabalhadores e outras agremiações menores como o PCdoB, PSB, PCB…

Em 1986 foi eleito deputado federal constituinte pelo Partido da Frente Liberal e um dos principais articuladores do Centrão, grupo suprapartidário com perfil e características de centro e centro direita. Posicionou-se na constituinte como um liberal convicto em todas as votações, defendendo sempre a bandeira do estado mínimo e liberalismo econômico. Foi reeleito por mais dois mandatos consecutivos. Conciliador e diplomata, Luiz Eduardo foi convidado pelo candidato a presidência da república pelo Partido da Social Democracia, PSDB, Fernando Henrique Cardoso em 1994 para compor a chapa como ser seu vice presidente da república, porém não aceitou a indicação, pois percebia que poderia ter vôo próprio, almejando futuramente a presidência da república. Para esse lugar, foi escolhido o pernambucano e ex governador de Pernambuco, Marco Maciel.

Habilidoso na arte da política, Luís Eduardo sabia como poucos cativar pelo diálogo e mantinha sempre posturas firmes ao cumprir promessas e acordos formados com todos com quem tinha relacionamento no universo político e também social. Graças a esse carisma, ele foi escolhido por seus pares, como presidente da Câmara dos Deputados para o período 1995 a 1997. Terminado o biênio, foi indicado líder do primeiro governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-1999), ganhando respeito e admiração até da ferrenha oposição.

Embora resistente, Luiz Eduardo foi lançado candidato ao governo da Bahia pelo seu pai em 1998. Sua candidatura ao palácio de ondina tornando-se quase unanimidade, apoiado inclusive por opositores e desafetos de seu pai, então senador Antônio Carlos Magalhaes. O objetivo de ACM era preparar seu filho e sucessor natural ao carlismo à presidência da república, porém não é possível controlar o destino e a Bahia foi surpreendida em pleno feriado de Tiradentes, no dia 21 de abril de 1998 com sua morte aos 43 anos de idade.

Vinicius Jacob, professor e historiador.

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